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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Empresário admite realização de festas com mil pessoas na boate Kiss

O empresário Mauro Londero Hoffmann, um dos proprietários da boate Kiss, admitiu que foram realizadas festas com cerca de mil pessoas na casa noturna palco de tragédia em Santa Maria. A declaração foi dada à Polícia Civil em depoimento após ser preso. Nesta quinta-feira, Zero Hora teve acesso aos primeiros depoimentos dados à Polícia Civil pelos quatro envolvidos na tragédia.
Presos desde a última semana de janeiro na Penitenciária Estadual de Santa Maria, os sócios-proprietários da boate Kiss, o vocalista e o produtor da banda Gurizada Fandangueira devem ser interrogados novamente na próxima semana. Os delegados querem confrontar as declarações dadas nos primeiros depoimentos com as novas evidências que surgiram ao longo de três semanas de investigações.
Em relação aos proprietários, Mauro Londero Hoffmann, o Maurinho, e Elissandro Callegaro Spohr, Kiko, a Polícia Civil quer cotejar a participação de cada um no funcionamento da casa noturna.
Confira trechos do que os quatro disseram à polícia:

Elissandro Callegaro Spohr, proprietário

A apresentação do grupo: "A Banda Gurizada Fandangueira toca na boate Kiss uma vez por mês, mas nunca havia feito esse show pirotécnico e nunca pediu consentimento para que fizesse esse tipo de apresentação".
Sobre a espuma no teto: "Que o teto da boate é de gesso e acima lã de vidro, sendo que no palco há uma primeira camada de uma esponja para isolamento acústico".

Mauro Londero Hoffmann, proprietário

Superlotação: "Afirma que já ingressaram, em determinadas ocasiões, próximo a mil pessoas. Esclarece que na data dos fatos havia cerca de 700 a 800 pessoas no local, conforme lhe informaram Elissandro...".
Grades colocadas na entrada da casa: "Na área externa havia uma grade fixa cuja finalidade era organizar a área de fumante; e na área interna existia outra grade fixa que tinha por objetivo organizar a fila de entrada e distribuição das comandas".

Luciano Augusto Bonilha Leão, promotor da banda

Autorização para uso do sinalizador: "Não tinham autorização para o uso dos fogos de artifício e nem tampouco sabe se isso seria necessário, até porque, sempre viam as garrafas de champanhe do estabelecimento serem servidas com aquele dispositivo pirotécnico".

Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista

As falhas na segurança: "Extintor estava vazio, motivo pelo qual acredita o extintor não ter funcionado, visto que apertava e nada saía. Afirma que tentou várias vezes apertar o gatilho do extintor, mas nada saía de dentro".
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